sexta-feira, 11 de setembro de 2015

76.

Sobre esta crise de "refugiados"...

(serve o presente parentisis para avisar que é favor deixar de ler quem: 
- não é capaz de aceitar opiniões contrárias à sua;
- for sensível à exposição alheia de argumentos (mais válidos ou menos válidos que os seus);
- não quiser mais sequer "ouvir falar" deste assunto)

Não sei se é do conhecimento de todos os que por aqui passam que, há 2 anos, vivi em Espanha durante algum tempo. Durante esse tempo, e garanto-vos que não vou exagerar, TODOS OS DIAS, os telejornais abriam com a noticia de que havia mais não sei quantas centenas de nigerianos, nepaleses, senegaleses (and so on...) que haviam tentado (alguns conseguido) atravessar a fronteira para a Europa em Ceuta. Centenas de emigrantes ilegais. A nado, em barcos de borracha, em jangadas feitas de garrafas de plástico. Imaginem quase tudo do que possam ter feito um barco... Nessa altura, aqui em Portugal, de que se ouvia falar? O problema era espanhol, italiano, grego...

Há umas semanas que, um pouco por TODO O MUNDO, se vem falando dos milhares de emigrantes sírios que estão a chegar à Europa, fugidos do clima de guerra do seu país. 
- Primeira pergunta: essa guerra foi motivada por quê? (sim, separado... não quero o porquê, quero a causa)
E, de repente, Portugal, que é sempre pioneiro nestas histórias de ajudar os outros, chega-se à frente para receber 3mil (???) "refugiados".
- Segunda pergunta: em que condições vamos receber estas pessoas?
Diz-se por essa comunicação fora que, a UE vai disponibilizar algumas verbas para o apoio a esta causa.
- Terceira pergunta: e vai? 
Ao que parece, diz-se por essa Internet fora (que é tão válido como qualquer outro meio de obter informação) que vão existir alojamentos, trabalhos, formações para esses 3mil (???) "refugiados".
- Quarta pergunta: porque é que o meu pai foi obrigado a "refugiar-se" noutro país se, afinal, cá há trabalho para ele?

Pois é... ainda não perceberam o objectivo deste post? Então se leram até aqui com o estômago em revolta, parem de ler aqui, porque vem aí a minha opinião.

Sim, sou contra esta ideia de receber "refugiados" sírios. Se por nenhuma outra razão (que existe e eu já a digo), pelo menos pelo medo que essa gente (me) causa só de abrir aquela boca para falar da sua religião e da necessidade de sermos todos muçulmanos, porque quem o contrariar vai arder no Inferno, não merece a vida. Olha que bom! (só para esclarecer que eu não sigo nenhuma religião)
E a outra razão é, como já disse em vários sítios: acho revoltante num país em que se vive no limiar da pobreza, um país com uma taxa de migrantes gigante por falta de trabalho, oportunidades e condições, vai receber outros 3mil (???) que vêm para receber o que "cá não há" (segundo se ouve há 40 anos).
Ciganos que são ciganos não trabalham, vivem dos RSI's que eu e outros descontamos mas que nos vão ser negados quando chegar a nossa altura de ter uma reforma. Sírios que são sírios, se não vieram também usufruir desses rendimentos, vêm trabalhar como "mão de obra barata", em lugares que deviam ser (bem) pagos, de alguém competente para o fazer, mas que não há dinheiro para lhe pagar, viver em casas que os nossos tiveram que abandonar por não terem como as manter.

Já para não falar de sem abrigos aos milhares que existem por essas ruas fora, que não têm apoios dos autarcas que os vêem a dormir às suas portas, mas que vão oferecer alojamentos a 10 ou 20 famílias de "bombistas" (e oh como eu quero estar enganada em relação a esta malta!).

E não, não pensem que sou daqueles que acha que é "nós ou eles"... Eu sou é a favor do "primeiro nós, e depois eles". Ou se quiserem, "eles sim, mas nós também".

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

75.

Decidi fazer uma espécie de retiro espiritual.
Andei durante mais de um ano a trabalhar com folgas escassas, turnos de arrancar cabelos e um cansaço extremo (mas durante mais de um ano eu ouvi dizerem-me "tu és nova, tu aguentas" - e aguentei até começar a fraquejar) e meti na cabeça que as minhas férias seriam de puro descanso. Mas queria que estas férias fossem só para mim, só comigo (desde que saí de casa dos meus pais, tenho aprendido muito a meu respeito, ao meu espaço, aos meus ideais e aos meus objectivos)... E pus-me na Internet à procura de um apartamentozito em conta, num sitio que me agradasse.

Queria descansar ao mesmo tempo que apanhava solinho na fuça e, como tal, pesquisei destino de praia. Ibiza sempre foi a minha primeira opção, mas descartei-a logo porque essa viagem está reservada para fazer acompanhada. Depois andei ali às voltas numas ilhas no mediterrâneo, e pensei que, para primeiras férias sozinha (e como entretanto adoeci e não me podia pôr em loucuras) podia bem ficar "lá fora, cá dentro". Algarve "tradicional", daquele com praias cheias, nunca foi a minha praia (literalmente), Açores não podia ser porque neva praticamente todo o ano (:p vá não me caiam já em cima), e também porque metade dos dias das minhas férias era para onde iria o moço cá de casa com uns amigos, pensei em Porto Santo, mas quando tentei pesquisar voos... NEM UM!! :( Então andei no site das Pousadas de Juventude (organização que eu recomendo sempre imenso, e de quem nunca me arrependo de usufruir) e descobri uma Pousada situada para lá de onde Judas perdeu os chinelos, mas que me cativou pelas fotos e pelo pormenor de ter uma piscina e estar a 5min a pé de uma praia fluvial que me leva a Espanha, se me apetecer apanhar um barquinho a remos :D

Pousada de Juventude de Alcoutim (google it) foi a escolha e o destino final.