Esta também é uma (óptima) forma de olhar para o que se tem feito e dito por esse mundo fora:
"E não somos todos Raef porquê?
Raef Badawi faz hoje 31 anos. É blogger. Não fala de moda, do amor, dos sentimentos ou de futebol no seu blogue. Raef lançou a discussão, na Arábia Saudita, sobre a evolução da sociedade saudita. Por essa ousadia, Raef Badawi, pai de três filhos, foi condenado a 1000 chibatadas, divididas homeopaticamente por 20 semanas, e a 10 anos de prisão. Estranhará esta situação quem viu a Arábia Saudita representada na marcha do passado Domingo em Paris. Estranhará a presença deste país na marcha pela liberdade de imprensa quem respira, em geral. Raef já cumpriu o primeiro castigo, já sofreu as primeiras 50 chibatadas. De olhos postos no céu e sem verter uma lágrima. Raef Badawi não é Charlie. E eu não sou Raef nem Charlie enquanto, sentada confortavelmente no meu sofá, escrevo as palavras que quero com a segurança de quem vive num país onde se pode fazer isso mesmo, enquanto não seguro uma lágrima por Raef. Não há marchas, hashtags ou minutos de circunspecção por Raef. E isso é do menos Charlie que pode haver."
2 comentários:
E não somos todos nigerianos porquê?!
http://www.dw.de/atentados-usando-meninas-assustam-nig%C3%A9ria/a-18187785
Se pusesse enviava-te um texto que escrevi por esses dias chamado: Eu não sou Charlie, enviei a alguns amigos por e-mail...agora que não tenho cantinho...
jinhooooossssss
Mamã-Suri, também é outra (excelente) de se ver o que anda a ser feito por aqui e por ali.
Nenhum Charlie é mais que um Raef ou que um Nigeriano, ou vice-versa.
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